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terça-feira, 15 de setembro de 2015

NÚMEROS CAPÍTULO 22 Balaque e Balaão

1  DEPOIS partiram os filhos de Israel, e acamparam-se nas campinas de Moabe, além do Jordão na altura de Jericó.
2  Vendo, pois, Balaque, filho de Zipor, tudo o que Israel fizera aos amorreus,3  Moabe temeu muito diante deste povo, porque era numeroso; e Moabe andava angustiado por causa dos filhos de Israel.
4  Por isso Moabe disse aos anciãos dos midianitas: Agora lamberá esta congregação tudo quanto houver ao redor de nós, como o boi lambe a erva do campo. Naquele tempo Balaque, filho de Zipor, era rei dos moabitas.
5  Este enviou mensageiros a Balaão, filho de Beor, a Petor, que está junto ao rio, na terra dos filhos do seu povo, a chamá-lo, dizendo: Eis que um povo saiu do Egito; eis que cobre a face da terra, e está parado defronte de mim.
6  Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois mais poderoso é do que eu; talvez o poderei ferir e lançar fora da terra; porque eu sei que, a quem tu abençoares será abençoado, e a quem tu amaldiçoares será amaldiçoado.
7  Então foram-se os anciãos dos moabitas e os anciãos dos midianitas com o preço dos encantamentos nas suas mãos; e chegaram a Balaão, e disseram-lhe as palavras de Balaque.
8  E ele lhes disse: Passai aqui esta noite, e vos trarei a resposta, como o SENHOR me falar; então os príncipes dos moabitas ficaram com Balaão.
9  E veio Deus a Balaão, e disse: Quem são estes homens que estão contigo?
10  E Balaão disse a Deus: Balaque, filho de Zipor, rei dos moabitas, os enviou, dizendo:
11  Eis que o povo que saiu do Egito cobre a face da terra; vem agora, amaldiçoa-o; porventura poderei pelejar contra ele e expulsá-lo.
12  Então disse Deus a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás a este povo, porquanto é bendito.
13  Então Balaão levantou-se pela manhã, e disse aos príncipes de Balaque: Ide à vossa terra, porque o SENHOR recusa deixar-me ir convosco.14  E levantaram-se os príncipes dos moabitas, e vieram a Balaque, e disseram: Balaão recusou vir conosco.
15  Porém Balaque tornou a enviar mais príncipes, mais honrados do que aqueles.
16  Os quais foram a Balaão, e lhe disseram: Assim diz Balaque, filho de Zipor: Rogo-te que não te demores em vir a mim.
17  Porque grandemente te honrarei, e farei tudo o que me disseres; vem pois, rogo-te, amaldiçoa-me este povo.
18  Então Balaão respondeu, e disse aos servos de Balaque: Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia ir além da ordem do SENHOR meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande;
19  Agora, pois, rogo-vos que também aqui fiqueis esta noite, para que eu saiba o que mais o SENHOR me dirá.
20  Veio, pois, Deus a Balaão, de noite, e disse-lhe: Se aqueles homens te vieram chamar, levanta-te, vai com eles; todavia, farás o que eu te disser.
21  Então Balaão levantou-se pela manhã, e albardou a sua jumenta, e foi com os príncipes de Moabe.
22  E a ira de Deus acendeu-se, porque ele se ia; e o anjo do SENHOR pôs-se-lhe no caminho por adversário; e ele ia caminhando, montado na sua jumenta, e dois de seus servos com ele.
23  Viu, pois, a jumenta o anjo do SENHOR, que estava no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; pelo que desviou-se a jumenta do caminho, indo pelo campo; então Balaão espancou a jumenta para fazê-la tornar ao caminho.
24  Mas o anjo do SENHOR pôs-se numa vereda entre as vinhas, havendo uma parede de um e de outro lado.25  Vendo, pois, a jumenta, o anjo do SENHOR, encostou-se contra a parede, e apertou contra a parede o pé de Balaão; por isso tornou a espancá-la.
26  Então o anjo do SENHOR passou mais adiante, e pôs-se num lugar estreito, onde não havia caminho para se desviar nem para a direita nem para a esquerda.
27  E, vendo a jumenta o anjo do SENHOR, deitou-se debaixo de Balaão; e a ira de Balaão acendeu-se, e espancou a jumenta com o bordão.
28  Então o SENHOR abriu a boca da jumenta, a qual disse a Balaão: Que te fiz eu, que me espancaste estas três vezes?
29  E Balaão disse à jumenta: Por que zombaste de mim; quem dera tivesse eu uma espada na mão, porque agora te mataria.
30  E a jumenta disse a Balaão: Porventura não sou a tua jumenta, em que cavalgaste desde o tempo em que me tornei tua até hoje? Acaso tem sido o meu costume fazer assim contigo? E ele respondeu: Não.
31  Então o SENHOR abriu os olhos a Balaão, e ele viu o anjo do SENHOR, que estava no caminho e a sua espada desembainhada na mão; pelo que inclinou a cabeça, e prostrou-se sobre a sua face.
32  Então o anjo do SENHOR lhe disse: Por que já três vezes espancaste a tua jumenta? Eis que eu saí para ser teu adversário, porquanto o teu caminho é perverso diante de mim:
33  Porém a jumenta me viu, e já três vezes se desviou de diante de mim; se ela não se desviasse de diante de mim, na verdade que eu agora te haveria matado, e a ela deixaria com vida.
34  Então Balaão disse ao anjo do SENHOR: Pequei, porque não sabia que estavas neste caminho para te opores a mim; e agora, se parece mal aos teus olhos, voltarei.
35  E disse o anjo do SENHOR a Balaão: Vai-te com estes homens; mas somente a palavra que eu falar a ti, esta falarás. Assim Balaão se foi com os príncipes de Balaque.36  Ouvindo, pois, Balaque que Balaão vinha, saiu-lhe ao encontro até à cidade de Moabe, que está no termo de Arnom, na extremidade do termo dele.
37  E Balaque disse a Balaão: Porventura não enviei diligentemente a chamar-te? Por que não vieste a mim? Não posso eu na verdade honrar-te?
38  Então Balaão disse a Balaque: Eis que eu tenho vindo a ti; porventura poderei eu agora de alguma forma falar alguma coisa? A palavra que Deus puser na minha boca essa falarei.
39  E Balaão foi com Balaque, e chegaram a Quiriate-Huzote.
40  Então Balaque matou bois e ovelhas; e deles enviou a Balaão e aos príncipes que estavam com ele.
41  E sucedeu que, pela manhã Balaque tomou a Balaão, e o fez subir aos altos de Baal, e viu ele dali a última parte do povo.

NÚMEROS CAPÍTULO 23 Balaque edifica sete altares

1  ENTÃO Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me aqui sete novilhos e sete carneiros.
2  Fez, pois, Balaque como Balaão dissera: e Balaque e Balaão ofereceram um novilho e um carneiro sobre cada altar.
3  Então Balaão disse a Balaque: Fica-te junto do teu holocausto, e eu irei; porventura o SENHOR me sairá ao encontro, e o que me mostrar te notificarei. Então foi a um lugar alto.
4  E encontrando-se Deus com Balaão, este lhe disse: Preparei sete altares, e ofereci um novilho e um carneiro sobre cada altar.
5  Então o SENHOR pôs a palavra na boca de Balaão, e disse: Torna-te para Balaque, e assim falarás.6  E tornando para ele, eis que estava junto do seu holocausto, ele e todos os príncipes dos moabitas.
7  Então proferiu a sua parábola, e disse: De Arã, me mandou trazer Balaque, rei dos moabitas, das montanhas do oriente, dizendo: Vem, amaldiçoa-me a Jacó; e vem, denuncia a Israel.
8  Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E como denunciarei, quando o SENHOR não denuncia?
9  Porque do cume das penhas o vejo, e dos outeiros o contemplo; eis que este povo habitará só, e entre as nações não será contado.
10  Quem contará o pó de Jacó e o número da quarta parte de Israel? Que a minha alma morra da morte dos justos, e seja o meu fim como o seu.
11  Então disse Balaque a Balaão: Que me fizeste? Chamei-te para amaldiçoar os meus inimigos, mas eis que inteiramente os abençoaste.
12  E ele respondeu, e disse: Porventura não terei cuidado de falar o que o SENHOR pôs na minha boca?
13  Então Balaque lhe disse: Rogo-te que venhas comigo a outro lugar, de onde o verás; verás somente a última parte dele, mas a todo ele não verás; e amaldiçoa-mo dali.
14  Assim o levou consigo ao campo de Zofim, ao cume de Pisga; e edificou sete altares, e ofereceu um novilho e um carneiro sobre cada altar.
15  Então disse a Balaque: Fica aqui junto do teu holocausto, e eu irei ali ao encontro do SENHOR.
16  E, encontrando-se o SENHOR com Balaão, pôs uma palavra na sua boca, e disse: Torna para Balaque, e assim falarás.17  E, vindo a ele, eis que estava junto do holocausto, e os príncipes dos moabitas com ele; disse-lhe pois Balaque: Que coisa falou o SENHOR?18  Então proferiu a sua parábola, e disse: Levanta-te, Balaque, e ouve; inclina os teus ouvidos a mim, filho de Zipor.
19  Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?
20  Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar.
21  Não viu iniqüidade em Israel, nem contemplou maldade em Jacó; o SENHOR seu Deus é com ele, e no meio dele se ouve a aclamação de um rei.
22  Deus os tirou do Egito; as suas forças são como as do boi selvagem.
23  Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; neste tempo se dirá de Jacó e de Israel: Que coisas Deus tem realizado!
24  Eis que o povo se levantará como leoa, e se erguerá como leão; não se deitará até que coma a presa, e beba o sangue dos mortos.
25  Então Balaque disse a Balaão: Nem o amaldiçoarás, nem o abençoarás.
26  Porém Balaão respondeu, e disse a Balaque: Não te falei eu, dizendo: Tudo o que o SENHOR falar isso farei?
27  Disse mais Balaque a Balaão: Ora vem, e te levarei a outro lugar; porventura bem parecerá aos olhos de Deus que dali mo amaldiçoes.28  Então Balaque levou Balaão consigo ao cume de Peor, que dá para o lado do deserto.
29  Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me aqui sete novilhos e sete carneiros.
30  Balaque, pois, fez como dissera Balaão: e ofereceu um novilho e um carneiro sobre cada altar.

NÚMEROS CAPÍTULO 16 A rebelião de Coré, Datã e Abirão

1  E CORÉ, filho de Jizar, filho de Coate, filho de Levi, tomou consigo a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, e a Om, filho de Pelete, filhos de Rúben.
2  E levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinqüenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, chamados à assembléia, homens de posição,
3  E se congregaram contra Moisés e contra Arão, e lhes disseram: Basta-vos, pois que toda a congregação é santa, todos são santos, e o SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do SENHOR?
4  Quando Moisés ouviu isso, caiu sobre o seu rosto.
5  E falou a Coré e a toda a sua congregação, dizendo: Amanhã pela manhã o SENHOR fará saber quem é seu, e quem é o santo que ele fará chegar a si; e aquele a quem escolher fará chegar a si.
6  Fazei isto: Tomai vós incensários, Coré e todo seu grupo;
7  E, pondo fogo neles amanhã, sobre eles deitai incenso perante o SENHOR; e será que o homem a quem o SENHOR escolher, este será o santo; basta-vos, filhos de Levi.8  Disse mais Moisés a Coré: Ouvi agora, filhos de Levi:
9  Porventura pouco para vós é que o Deus de Israel vos tenha separado da congregação de Israel, para vos fazer chegar a si, e administrar o ministério do tabernáculo do SENHOR e estar perante a congregação para ministrar-lhe;
10  E te fez chegar, e todos os teus irmãos, os filhos de Levi, contigo? ainda também procurais o sacerdócio?
11  Assim tu e todo o teu grupo estais contra o SENHOR; e Arão, quem é ele, que murmureis contra ele?
12  E Moisés mandou chamar a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe; porém eles disseram: Não subiremos;
13  Porventura pouco é que nos fizeste subir de uma terra que mana leite e mel, para nos matares neste deserto, senão que também queres fazer-te príncipe sobre nós?
14  Nem tampouco nos trouxeste a uma terra que mana leite e mel, nem nos deste campo e vinhas em herança; porventura arrancarás os olhos a estes homens? Não subiremos.
15  Então Moisés irou-se muito, e disse ao SENHOR: Não atentes para a sua oferta; nem um só jumento tomei deles, nem a nenhum deles fiz mal.
16  Disse mais Moisés a Coré: Tu e todo o teu grupo ponde-vos perante o SENHOR, tu e eles, e Arão, amanhã.
17  E tomai cada um o seu incensário, e neles ponde incenso; e trazei cada um o seu incensário perante o SENHOR, duzentos e cinqüenta incensários; também tu e Arão, cada um o seu incensário.
18  Tomaram, pois, cada um o seu incensário, e neles puseram fogo, e neles deitaram incenso, e se puseram perante a porta da tenda da congregação com Moisés e Arão.19  E Coré fez ajuntar contra eles todo o povo à porta da tenda da congregação; então a glória do SENHOR apareceu a toda a congregação.
20  E falou o SENHOR a Moisés e a Arão, dizendo:
21  Apartai-vos do meio desta congregação, e os consumirei num momento.
22  Mas eles se prostraram sobre os seus rostos, e disseram: Ó Deus, Deus dos espíritos de toda a carne, pecará um só homem, e indignar-te-ás tu contra toda esta congregação?
23  E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
24  Fala a toda esta congregação, dizendo: Subi do derredor da habitação de Coré, Datã e Abirão.
25  Então Moisés levantou-se, e foi a Datã e a Abirão; e após ele seguiram os anciãos de Israel.
26  E falou à congregação, dizendo: Desviai-vos, peço-vos, das tendas destes homens ímpios, e não toqueis nada do que é seu para que porventura não pereçais em todos os seus pecados.
27  Subiram, pois, do derredor da habitação de Coré, Datã e Abirão. E Datã e Abirão saíram, e se puseram à porta das suas tendas, juntamente com as suas mulheres, e seus filhos, e suas crianças.
28  Então disse Moisés: Nisto conhecereis que o SENHOR me enviou a fazer todos estes feitos, que de meu coração não procedem.
29  Se estes morrerem como morrem todos os homens, e se forem visitados como são visitados todos os homens, então o SENHOR não me enviou.30  Mas, se o SENHOR criar alguma coisa nova, e a terra abrir a sua boca e os tragar com tudo o que é seu, e vivos descerem ao abismo, então conhecereis que estes homens irritaram ao SENHOR.
31  E aconteceu que, acabando ele de falar todas estas palavras, a terra que estava debaixo deles se fendeu.
32  E a terra abriu a sua boca, e os tragou com as suas casas, como também a todos os homens que pertenciam a Coré, e a todos os seus bens.
33  E eles e tudo o que era seu desceram vivos ao abismo, e a terra os cobriu, e pereceram do meio da congregação.
34  E todo o Israel, que estava ao redor deles, fugiu ao clamor deles; porque diziam: Para que não nos trague a terra também a nós.
35  Então saiu fogo do SENHOR, e consumiu os duzentos e cinqüenta homens que ofereciam o incenso.
36  E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
37  Dize a Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, que tome os incensários do meio do incêndio, e espalhe o fogo longe, porque santos são;
38  Quanto aos incensários daqueles que pecaram contra as suas almas, deles se façam folhas estendidas para cobertura do altar; porquanto os trouxeram perante o SENHOR; pelo que santos são; e serão por sinal aos filhos de Israel.
39  E Eleazar, o sacerdote, tomou os incensários de metal, que trouxeram aqueles que foram queimados, e os estenderam em folhas para cobertura do altar,
40  Por memorial para os filhos de Israel, que nenhum estranho, que não for da descendência de Arão, se chegue para acender incenso perante o SENHOR; para que não seja como Coré e a sua congregação, como o SENHOR lhe tinha dito por intermédio de Moisés,41  Mas no dia seguinte toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vós matastes o povo do SENHOR.
42  E aconteceu que, ajuntando-se a congregação contra Moisés e Arão, e virando-se para a tenda da congregação, eis que a nuvem a cobriu, e a glória do SENHOR apareceu.
43  Vieram, pois, Moisés e Arão perante a tenda da congregação.
44  Então falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
45  Levantai-vos do meio desta congregação, e a consumirei num momento; então se prostraram sobre os seus rostos,
46  E disse Moisés a Arão: Toma o teu incensário, e põe nele fogo do altar, e deita incenso sobre ele, e vai depressa à congregação, e faze expiação por eles; porque grande indignação saiu de diante do SENHOR; já começou a praga.
47  E tomou-o Arão, como Moisés tinha falado, e correu ao meio da congregação; e eis que já a praga havia começado entre o povo; e deitou incenso nele, e fez expiação pelo povo.
48  E estava em pé entre os mortos e os vivos; e cessou a praga.
49  E os que morreram daquela praga foram catorze mil e setecentos, fora os que morreram pela causa de Coré.
50  E voltou Arão a Moisés à porta da tenda da congregação; e cessou a praga.

NÚMEROS 24 veio sobre ele o Espírito de Deus.

1  VENDO Balaão que bem parecia aos olhos do SENHOR que abençoasse a Israel, não se foi esta vez como antes ao encontro dos encantamentos; mas voltou o seu rosto para o deserto.
2  E, levantando Balaão os seus olhos, e vendo a Israel, que estava acampado segundo as suas tribos, veio sobre ele o Espírito de Deus.
3  E proferiu a sua parábola, e disse: Fala, Balaão, filho de Beor, e fala o homem de olhos abertos;
4  Fala aquele que ouviu as palavras de Deus, o que vê a visão do Todo-Poderoso; que cai, e se lhe abrem os olhos:
5  Quão formosas são as tuas tendas, ó Jacó, as tuas moradas, ó Israel!
6  Como ribeiros se estendem, como jardins à beira dos rios; como árvores de sândalo o SENHOR os plantou, como cedros junto às águas;
7  De seus baldes manarão águas, e a sua semente estará em muitas águas; e o seu rei se erguerá mais do que Agague, e o seu reino será exaltado.
8  Deus o tirou do Egito; as suas forças são como as do boi selvagem; consumirá as nações, seus inimigos, e quebrará seus ossos, e com as suas setas os atravessará.9  Encurvou-se, deitou-se como leão, e como leoa; quem o despertará? benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem.
10  Então a ira de Balaque se acendeu contra Balaão, e bateu ele as suas palmas; e Balaque disse a Balaão: Para amaldiçoar os meus inimigos te tenho chamado; porém agora já três vezes os abençoaste inteiramente.
11  Agora, pois, foge para o teu lugar; eu tinha dito que te honraria grandemente; mas eis que o SENHOR te privou desta honra.
12  Então Balaão disse a Balaque: Não falei eu também aos teus mensageiros, que me enviaste, dizendo:
13  Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e ouro, não poderia ir além da ordem do SENHOR, fazendo bem ou mal de meu próprio coração; o que o SENHOR falar, isso falarei eu?
14  Agora, pois, eis que me vou ao meu povo; vem, avisar-te-ei do que este povo fará ao teu povo nos últimos dias.
15  Então proferiu a sua parábola, e disse: Fala Balaão, filho de Beor, e fala o homem de olhos abertos;
16  Fala aquele que ouviu as palavras de Deus, e o que sabe a ciência do Altíssimo; o que viu a visão do Todo-Poderoso, que cai, e se lhe abrem os olhos.
17  Vê-lo-ei, mas não agora, contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Israel, que ferirá os termos dos moabitas, e destruirá todos os filhos de Sete.
18  E Edom será uma possessão, e Seir, seus inimigos, também será uma possessão; pois Israel fará proezas.
19  E dominará um de Jacó, e matará os que restam das cidades.20  E vendo os amalequitas, proferiu a sua parábola, e disse: Amaleque é a primeira das nações; porém o seu fim será a destruição.
21  E vendo os quenitas, proferiu a sua parábola, e disse: Firme está a tua habitação, e puseste o teu ninho na penha.
22  Todavia o quenita será consumido, até que Assur te leve por prisioneiro.
23  E, proferindo ainda a sua parábola, disse: Ai, quem viverá, quando Deus fizer isto?
24  E as naus virão das costas de Quitim e afligirão a Assur; também afligirão a Éber; que também será para destruição.
25  Então Balaão levantou-se, e se foi, e voltou ao seu lugar, e também Balaque se foi pelo seu caminho.

NÚMEROS CAPÍTULO 25 Os israelitas pecam com as filhas dos moabitas

1  E ISRAEL deteve-se em Sitim e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas.
2  Elas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu, e inclinou-se aos seus deuses.
3  Juntando-se, pois, Israel a Baal-Peor, a ira do SENHOR se acendeu contra Israel.
4  Disse o SENHOR a Moisés: Toma todos os cabeças do povo, e enforca-os ao SENHOR diante do sol, e o ardor da ira do SENHOR se retirará de Israel.
5  Então Moisés disse aos juízes de Israel: Cada um mate os seus homens que se juntaram a Baal-Peor.6  E eis que veio um homem dos filhos de Israel, e trouxe a seus irmãos uma midianita, à vista de Moisés, e à vista de toda a congregação dos filhos de Israel, chorando eles diante da tenda da congregação.
7  Vendo isso Finéias, filho de Eleazar, o filho de Arão, sacerdote, se levantou do meio da congregação, e tomou uma lança na sua mão;
8  E foi após o homem israelita até à tenda, e os atravessou a ambos, ao homem israelita e à mulher, pelo ventre; então a praga cessou de sobre os filhos de Israel.
9  E os que morreram daquela praga foram vinte e quatro mil.
10  Então o SENHOR falou a Moisés, dizendo:
11  Finéias, filho de Eleazar, o filho de Arão, sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois foi zeloso com o meu zelo no meio deles; de modo que, no meu zelo, não consumi os filhos de Israel.
12  Portanto dize: Eis que lhe dou a minha aliança de paz;
13  E ele, e a sua descendência depois dele, terá a aliança do sacerdócio perpétuo, porquanto teve zelo pelo seu Deus, e fez expiação pelos filhos de Israel.
14  E o nome do israelita, que foi morto com a midianita, era Zimri, filho de Salu, príncipe da casa paterna dos simeonitas.
15  E o nome da mulher midianita morta era Cosbi, filha de Zur, cabeça do povo da casa paterna entre os midianitas.
16  Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:17  Afligireis os midianitas e os ferireis,
18  Porque eles vos afligiram a vós com os seus enganos com que vos enganaram no caso de Peor, e no caso de Cosbi, filha do príncipe dos midianitas, irmã deles, que foi morta no dia da praga no caso de Peor.

I SAMUEL CAPÍTULO 28 Saul consulta uma pitonissa de En-dor

1  E SUCEDEU naqueles dias que, juntando os filisteus os seus exércitos à peleja, para fazer guerra contra Israel, disse Aquis a Davi: Sabe de certo que comigo sairás ao arraial, tu e os teus homens.
2  Então disse Davi a Aquis: Assim saberás o que fará o teu servo. E disse Aquis a Davi: Por isso te terei por guarda da minha pessoa para sempre.
3  E Samuel já estava morto, e todo o Israel o tinha chorado, e o tinha sepultado em Ramá, que era a sua cidade; e Saul tinha desterrado os adivinhos e os encantadores.
4  E ajuntaram-se os filisteus, e vieram, e acamparam-se em Suném; e ajuntou Saul a todo o Israel, e se acamparam em Gilboa.
5  E, vendo Saul o arraial dos filisteus, temeu, e estremeceu muito o seu coração.
6  E perguntou Saul ao SENHOR, porém o SENHOR não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas.
7  Então disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha o espírito de feiticeira, para que vá a ela, e consulte por ela. E os seus criados lhe disseram: Eis que em En-Dor há uma mulher que tem o espírito de adivinhar.
8  E Saul se disfarçou, e vestiu outras roupas, e foi ele com dois homens, e de noite chegaram à mulher; e disse: Peço-te que me adivinhes pelo espírito de feiticeira, e me faças subir a quem eu te disser.9  Então a mulher lhe disse: Eis aqui tu sabes o que Saul fez, como tem destruído da terra os adivinhos e os encantadores; por que, pois, me armas um laço à minha vida, para me fazeres morrer?
10  Então Saul lhe jurou pelo SENHOR, dizendo: Vive o SENHOR, que nenhum mal te sobrevirá por isso.
11  A mulher então lhe disse: A quem te farei subir? E disse ele: Faze-me subir a Samuel.
12  Vendo, pois, a mulher a Samuel, gritou com alta voz, e falou a Saul, dizendo: Por que me tens enganado? Pois tu mesmo és Saul.
13  E o rei lhe disse: Não temas; que é que vês? Então a mulher disse a Saul: Vejo deuses que sobem da terra.
14  E lhe disse: Como é a sua figura? E disse ela: Vem subindo um homem ancião, e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra, e se prostrou.
15  Samuel disse a Saul: Por que me inquietaste, fazendo-me subir? Então disse Saul: Mui angustiado estou, porque os filisteus guerreiam contra mim, e Deus se tem desviado de mim, e não me responde mais, nem pelo ministério dos profetas, nem por sonhos; por isso te chamei a ti, para que me faças saber o que hei de fazer.
16  Então disse Samuel: Por que, pois, me perguntas a mim, visto que o SENHOR te tem desamparado, e se tem feito teu inimigo?
17  Porque o SENHOR tem feito para contigo como pela minha boca te disse, e o SENHOR tem rasgado o reino da tua mão, e o tem dado ao teu próximo, a Davi.
18  Como tu não deste ouvidos à voz do SENHOR, e não executaste o fervor da sua ira contra Amaleque, por isso o SENHOR te fez hoje isto.
19  E o SENHOR entregará também a Israel contigo na mão dos filisteus, e amanhã tu e teus filhos estareis comigo; e o arraial de Israel o SENHOR entregará na mão dos filisteus.20  E imediatamente Saul caiu estendido por terra, e grandemente temeu por causa daquelas palavras de Samuel; e não houve força nele; porque não tinha comido pão todo aquele dia e toda aquela noite.
21  Então veio a mulher a Saul e, vendo que estava tão perturbado, disse-lhe: Eis que a tua criada deu ouvidos à tua voz, e pus a minha vida na minha mão, e ouvi as palavras que disseste.
22  Agora, pois, ouve também tu as palavras da tua serva, e porei um bocado de pão diante de ti, e come, para que tenhas forças para te pores a caminho.
23  Porém ele o recusou, e disse: Não comerei. Porém os seus criados e a mulher o constrangeram; e deu ouvidos à sua voz; e levantou-se do chão, e se assentou sobre uma cama.
24  E tinha a mulher em casa um bezerro cevado, e se apressou, e o matou, e tomou farinha, e a amassou, e a cozeu em bolos ázimos.
25  E os trouxe diante de Saul e de seus criados, e comeram; depois levantaram-se e partiram naquela mesma noite.

SALMO 5 Deus aborrece os ímpios e abençoa os justos

1  DÁ ouvidos às minhas palavras, ó SENHOR, atende à minha meditação.
2  Atende à voz do meu clamor, Rei meu e Deus meu, pois a ti orarei.
3  Pela manhã ouvirás a minha voz, ó SENHOR; pela manhã apresentarei a ti a minha oração, e vigiarei.
4  Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal.5  Os loucos não pararão à tua vista; odeias a todos os que praticam a maldade.
6  Destruirás aqueles que falam a mentira; o SENHOR aborrecerá o homem sanguinário e fraudulento.
7  Porém eu entrarei em tua casa pela grandeza da tua benignidade; e em teu temor me inclinarei para o teu santo templo.
8  SENHOR, guia-me na tua justiça, por causa dos meus inimigos; endireita diante de mim o teu caminho.
9  Porque não há retidão na boca deles; as suas entranhas são verdadeiras maldades, a sua garganta é um sepulcro aberto; lisonjeiam com a sua língua.
10  Declara-os culpados, ó Deus; caiam por seus próprios conselhos; lança-os fora por causa da multidão de suas transgressões, pois se rebelaram contra ti.
11  Porém alegrem-se todos os que confiam em ti; exultem eternamente, porquanto tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome.
12  Pois tu, SENHOR, abençoarás ao justo; circundá-lo-ás da tua benevolência como de um escudo.

PROVÉRBIOS CAPÍTULO 4 Exortação a adquirir a Sabedoria e a apartar-se do caminho dos ímpios

1  OUVI, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes a prudência.
2  Pois dou-vos boa doutrina; não deixeis a minha lei.
3  Porque eu era filho tenro na companhia de meu pai, e único diante de minha mãe.
4  E ele me ensinava e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos, e vive.
5  Adquire sabedoria, adquire inteligência, e não te esqueças nem te apartes das palavras da minha boca.
6  Não a abandones e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá.7  A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento.
8  Exalta-a, e ela te exaltará; e, abraçando-a tu, ela te honrará.
9  Dará à tua cabeça um diadema de graça e uma coroa de glória te entregará.
10  Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se multiplicarão os anos da tua vida.
11  No caminho da sabedoria te ensinei, e por veredas de retidão te fiz andar.
12  Por elas andando, não se embaraçarão os teus passos; e se correres não tropeçarás.
13  Apega-te à instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida.
14  Não entres pela vereda dos ímpios, nem andes no caminho dos maus.
15  Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo.
16  Pois não dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono se não fizerem alguém tropeçar.
17  Porque comem o pão da impiedade, e bebem o vinho da violência.18  Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.
19  O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam.
20  Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido.
21  Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no íntimo do teu coração.
22  Porque são vida para os que as acham, e saúde para todo o seu corpo.
23  Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.
24  Desvia de ti a falsidade da boca, e afasta de ti a perversidade dos lábios.
25  Os teus olhos olhem para a frente, e as tuas pálpebras olhem direto diante de ti.
26  Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem ordenados!
27  Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.

SALMO 138 Ação de graças a Deus pela sua fidelidade -Todos os reis o louvarão

1  EU te louvarei, de todo o meu coração; na presença dos deuses a ti cantarei louvores.2  Inclinar-me-ei para o teu santo templo, e louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela tua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome.
3  No dia em que eu clamei, me escutaste; e alentaste com força a minha alma.
4  Todos os reis da terra te louvarão, ó SENHOR, quando ouvirem as palavras da tua boca;
5  E cantarão os caminhos do SENHOR; pois grande é a glória do SENHOR.
6  Ainda que o SENHOR é excelso, atenta todavia para o humilde; mas ao soberbo conhece-o de longe.
7  Andando eu no meio da angústia, tu me reviverás; estenderás a tua mão contra a ira dos meus inimigos, e a tua destra me salvará.
8  O SENHOR aperfeiçoará o que me toca; a tua benignidade, ó SENHOR, dura para sempre; não desampares as obras das tuas mãos.

SALMO 139 A onipresença e a onipotência de Deus

1  SENHOR, tu me sondaste, e me conheces.
2  Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
3  Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
4  Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó SENHOR, tudo conheces.5  Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.
6  Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.
7  Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
8  Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
9  Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
10  Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
11  Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim.
12  Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa;
13  Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.
14  Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
15  Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra.16  Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.
17  E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles!
18  Se as contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo ainda estou contigo.
19  Ó Deus, tu matarás decerto o ímpio; apartai-vos portanto de mim, homens de sangue.
20  Pois falam malvadamente contra ti; e os teus inimigos tomam o teu nome em vão.
21  Não odeio eu, ó SENHOR, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?
22  Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos.
23  Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.
24  E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.

SALMO 143 O salmista ora para que seja livre de inimigos

1  Ó SENHOR, ouve a minha oração, inclina os ouvidos às minhas súplicas; escuta-me segundo a tua verdade, e segundo a tua justiça.
2  E não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente.
3  Pois o inimigo perseguiu a minha alma; atropelou-me até ao chão; fez-me habitar na escuridão, como aqueles que morreram há muito.
4  Pois que o meu espírito se angustia em mim; e o meu coração em mim está desolado.
5  Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos; medito na obra das tuas mãos.6  Estendo para ti as minhas mãos; a minha alma tem sede de ti, como terra sedenta. (Selá.)
7  Ouve-me depressa, ó SENHOR; o meu espírito desmaia. Não escondas de mim a tua face, para que não seja semelhante aos que descem à cova.
8  Faze-me ouvir a tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti levanto a minha alma.
9  Livra-me, ó SENHOR, dos meus inimigos; fujo para ti, para me esconder.
10  Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus. O teu Espírito é bom; guie-me por terra plana.
11  Vivifica-me, ó SENHOR, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira a minha alma da angústia.
12  E por tua misericórdia desarraiga os meus inimigos, e destrói a todos os que angustiam a minha alma; pois sou teu servo.

salmo 107 Quem é sábio observará estas coisas, e eles compreenderão as benignidades do SENHOR.

1  LOUVAI ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre.
2  Digam-no os remidos do SENHOR, os que remiu da mão do inimigo,
3  E os que congregou das terras do oriente e do ocidente, do norte e do sul.
4  Andaram desgarrados pelo deserto, por caminhos solitários; não acharam cidade para habitarem.
5  Famintos e sedentos, a sua alma neles desfalecia.6  E clamaram ao SENHOR na sua angústia, e os livrou das suas dificuldades.
7  E os levou por caminho direito, para irem a uma cidade de habitação.
8  Louvem ao SENHOR pela sua bondade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens.
9  Pois fartou a alma sedenta, e encheu de bens a alma faminta.
10  Tal como a que se assenta nas trevas e sombra da morte, presa em aflição e em ferro;
11  Porquanto se rebelaram contra as palavras de Deus, e desprezaram o conselho do Altíssimo.
12  Portanto, lhes abateu o coração com trabalho; tropeçaram, e não houve quem os ajudasse.
13  Então clamaram ao SENHOR na sua angústia, e os livrou das suas dificuldades.
14  Tirou-os das trevas e sombra da morte; e quebrou as suas prisões.
15  Louvem ao SENHOR pela sua bondade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens.
16  Pois quebrou as portas de bronze, e despedaçou os ferrolhos de ferro.17  Os loucos, por causa da sua transgressão, e por causa das suas iniqüidades, são aflitos.
18  A sua alma aborreceu toda a comida, e chegaram até às portas da morte.
19  Então clamaram ao SENHOR na sua angústia, e ele os livrou das suas dificuldades.
20  Enviou a sua palavra, e os sarou; e os livrou da sua destruição.
21  Louvem ao SENHOR pela sua bondade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens.
22  E ofereçam os sacrifícios de louvor, e relatem as suas obras com regozijo.
23  Os que descem ao mar em navios, mercando nas grandes águas.
24  Esses vêem as obras do SENHOR, e as suas maravilhas no profundo.
25  Pois ele manda, e se levanta o vento tempestuoso que eleva as suas ondas.
26  Sobem aos céus; descem aos abismos, e a sua alma se derrete em angústias.
27  Andam e cambaleiam como ébrios, e perderam todo o tino.28  Então clamam ao SENHOR na sua angústia; e ele os livra das suas dificuldades.
29  Faz cessar a tormenta, e acalmam-se as suas ondas.
30  Então se alegram, porque se aquietaram; assim os leva ao seu porto desejado.
31  Louvem ao SENHOR pela sua bondade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens.
32  Exaltem-no na congregação do povo, e glorifiquem-no na assembléia dos anciãos.
33  Ele converte os rios em um deserto, e as fontes em terra sedenta;
34  A terra frutífera em estéril, pela maldade dos que nela habitam.
35  Converte o deserto em lagoa, e a terra seca em fontes.
36  E faz habitar ali os famintos, para que edifiquem cidade para habitação;
37  E semeiam os campos e plantam vinhas, que produzem fruto abundante.
38  Também os abençoa, de modo que se multiplicam muito; e o seu gado não diminui.39  Depois se diminuem e se abatem, pela opressão, e aflição e tristeza.
40  Derrama o desprezo sobre os príncipes, e os faz andar desgarrados pelo deserto, onde não há caminho.
41  Porém livra ao necessitado da opressão, em um lugar alto, e multiplica as famílias como rebanhos.
42  Os retos o verão, e se alegrarão, e toda a iniqüidade tapará a boca.
43  Quem é sábio observará estas coisas, e eles compreenderão as benignidades do SENHOR.