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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

ISAÍAS 6 Isaías é escolhido e consagrado para profeta

1  NO ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.
2  Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam.
3  E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.4  E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.
5  Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos.
6  Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;
7  E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado.
8  Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.
9  Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.
10  Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado.
11  Então disse eu: Até quando Senhor? E respondeu: Até que sejam desoladas as cidades e fiquem sem habitantes, e as casas sem moradores, e a terra seja de todo assolada.
12  E o SENHOR afaste dela os homens, e no meio da terra seja grande o desamparo.
13  Porém ainda a décima parte ficará nela, e tornará a ser pastada; e como o carvalho, e como a azinheira, que depois de se desfolharem, ainda ficam firmes, assim a santa semente será a firmeza dela.

ISAÍAS 5 A parábola da vinha, e a sua aplicação

1  AGORA cantarei ao meu amado o cântico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado tem uma vinha num outeiro fértil.
2  E cercou-a, e limpando-a das pedras, plantou-a de excelentes vides; e edificou no meio dela uma torre, e também construiu nela um lagar; e esperava que desse uvas boas, porém deu uvas bravas.
3  Agora, pois, ó moradores de Jerusalém, e homens de Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha.
4  Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? Por que, esperando eu que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas?
5  Agora, pois, vos farei saber o que eu hei de fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe, para que sirva de pasto; derrubarei a sua parede, para que seja pisada;
6  E a tornarei em deserto; não será podada nem cavada; porém crescerão nela sarças e espinheiros; e às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre ela.
7  Porque a vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias; e esperou que exercesse juízo, e eis aqui opressão; justiça, e eis aqui clamor.
8  Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra!
9  A meus ouvidos disse o SENHOR dos Exércitos: Em verdade que muitas casas ficarão desertas, e até as grandes e excelentes sem moradores.
10  E dez jeiras de vinha não darão mais do que um bato; e um ômer de semente não dará mais do que um efa.
11  Ai dos que se levantam pela manhã, e seguem a bebedice; e continuam até à noite, até que o vinho os esquente!12  E harpas e alaúdes, tamboris e gaitas, e vinho há nos seus banquetes; e não olham para a obra do SENHOR, nem consideram as obras das suas mãos.
13  Portanto o meu povo será levado cativo, por falta de entendimento; e os seus nobres terão fome, e a sua multidão se secará de sede.
14  Portanto o inferno grandemente se alargou, e se abriu a sua boca desmesuradamente; e para lá descerão o seu esplendor, e a sua multidão, e a sua pompa, e os que entre eles se alegram.
15  Então o plebeu se abaterá, e o nobre se humilhará; e os olhos dos altivos se humilharão.
16  Porém o SENHOR dos Exércitos será exaltado em juízo; e Deus, o Santo, será santificado em justiça.
17  Então os cordeiros pastarão como de costume, e os estranhos comerão dos lugares devastados pelos gordos.
18  Ai dos que puxam a iniqüidade com cordas de vaidade, e o pecado com tirantes de carro!
19  E dizem: Avie-se, e acabe a sua obra, para que a vejamos; e aproxime-se e venha o conselho do Santo de Israel, para que o conheçamos.
20  Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!
21  Ai dos que são sábios a seus próprios olhos, e prudentes diante de si mesmos!
22  Ai dos que são poderosos para beber vinho, e homens de poder para misturar bebida forte;23  Dos que justificam ao ímpio por suborno, e aos justos negam a justiça!
24  Por isso, como a língua de fogo consome a palha, e o restolho se desfaz pela chama, assim será a sua raiz como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos, e desprezaram a palavra do Santo de Israel.
25  Por isso se acendeu a ira do SENHOR contra o seu povo, e estendeu a sua mão contra ele, e o feriu, de modo que as montanhas tremeram, e os seus cadáveres se fizeram como lixo no meio das ruas; com tudo isto não tornou atrás a sua ira, mas a sua mão ainda está estendida.
26  E ele arvorará o estandarte para as nações de longe, e lhes assobiará para que venham desde a extremidade da terra; e eis que virão apressurada e ligeiramente.
27  Não haverá entre eles cansado, nem quem tropece; ninguém tosquenejará nem dormirá; não se lhe desatará o cinto dos seus lombos, nem se lhe quebrará a correia dos seus sapatos.
28  As suas flechas serão agudas, e todos os seus arcos retesados; os cascos dos seus cavalos são reputados como pederneiras, e as rodas dos seus carros como redemoinho.
29  O seu rugido será como o do leão; rugirão como filhos de leão; sim, rugirão e arrebatarão a presa, e a levarão, e não haverá quem a livre.
30  E bramarão contra eles naquele dia, como o bramido do mar; então olharão para a terra, e eis que só verão trevas e ânsia, e a luz se escurecerá nos céus.

SALMO 22 O Messias sofre, mas triunfa

1  DEUS meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?
2  Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego.
3  Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel.
4  Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.5  A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram, e não foram confundidos.
6  Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.
7  Todos os que me vêem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo:
8  Confiou no SENHOR, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.
9  Mas tu és o que me tiraste do ventre; fizeste-me confiar, estando aos seios de minha mãe.
10  Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.
11  Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude.
12  Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam.
13  Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge.
14  Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas.
15  A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.16  Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e os pés.
17  Poderia contar todos os meus ossos; eles vêem e me contemplam.
18  Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa.
19  Mas tu, SENHOR, não te alongues de mim. Força minha, apressa-te em socorrer-me.
20  Livra a minha alma da espada, e a minha predileta da força do cão.
21  Salva-me da boca do leão; sim, ouviste-me, das pontas dos bois selvagens.
22  Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.
23  Vós, que temeis ao SENHOR, louvai-o; todos vós, semente de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, semente de Israel.
24  Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.
25  O meu louvor será de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.
26  Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao SENHOR os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.27  Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao SENHOR; e todas as famílias das nações adorarão perante a tua face.
28  Porque o reino é do SENHOR, e ele domina entre as nações.
29  Todos os que na terra são gordos comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; e nenhum poderá reter viva a sua alma.
30  Uma semente o servirá; será declarada ao Senhor a cada geração.
31  Chegarão e anunciarão a sua justiça ao povo que nascer, porquanto ele o fez.

SALMOS 118 Louvai ao SENHOR, porque ele é bom

1  LOUVAI ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre.
2  Diga agora Israel que a sua benignidade dura para sempre.
3  Diga agora a casa de Arão que a sua benignidade dura para sempre.
4  Digam agora os que temem ao SENHOR que a sua benignidade dura para sempre.
5  Invoquei o SENHOR na angústia; o SENHOR me ouviu, e me tirou para um lugar largo.
6  O SENHOR está comigo; não temerei o que me pode fazer o homem.
7  O SENHOR está comigo entre aqueles que me ajudam; por isso verei cumprido o meu desejo sobre os que me odeiam.
8  É melhor confiar no SENHOR do que confiar no homem.
9  É melhor confiar no SENHOR do que confiar nos príncipes.
10  Todas as nações me cercaram, mas no nome do SENHOR as despedaçarei.
11  Cercaram-me, e tornaram a cercar-me; mas no nome do SENHOR eu as despedaçarei.12  Cercaram-me como abelhas; porém apagaram-se como o fogo de espinhos; pois no nome do SENHOR as despedaçarei.
13  Com força me impeliste para me fazeres cair, porém o SENHOR me ajudou.
14  O SENHOR é a minha força e o meu cântico; e se fez a minha salvação.
15  Nas tendas dos justos há voz de júbilo e de salvação; a destra do SENHOR faz proezas.
16  A destra do SENHOR se exalta; a destra do SENHOR faz proezas.
17  Não morrerei, mas viverei; e contarei as obras do SENHOR.
18  O SENHOR me castigou muito, mas não me entregou à morte.
19  Abri-me as portas da justiça; entrarei por elas, e louvarei ao SENHOR.
20  Esta é a porta do SENHOR, pela qual os justos entrarão.
21  Louvar-te-ei, pois me escutaste, e te fizeste a minha salvação.
22  A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina.23  Da parte do SENHOR se fez isto; maravilhoso é aos nossos olhos.
24  Este é o dia que fez o SENHOR; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele.
25  Salva-nos, agora, te pedimos, ó SENHOR; ó SENHOR, te pedimos, prospera-nos.
26  Bendito aquele que vem em nome do SENHOR; nós vos bendizemos desde a casa do SENHOR.
27  Deus é o SENHOR que nos mostrou a luz; atai o sacrifício da festa com cordas, até às pontas do altar.
28  Tu és o meu Deus, e eu te louvarei; tu és o meu Deus, e eu te exaltarei.
29  Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.

ECLESIASTES 12 Todo o dever do homem consiste em temer a Deus e em guardar os seus mandamentos

1  LEMBRA-TE também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;
2  Antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;
3  No dia em que tremerem os guardas da casa, e se encurvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas;
4  E as portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as filhas da música se abaterem.
5  Como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;
6  Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço,
7  E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.8  Vaidade de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade.
9  E, quanto mais sábio foi o pregador, tanto mais ensinou ao povo sabedoria; e atentando, e esquadrinhando, compôs muitos provérbios.10  Procurou o pregador achar palavras agradáveis; e escreveu-as com retidão, palavras de verdade.
11  As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos, bem fixados pelos mestres das assembléias, que nos foram dadas pelo único Pastor.
12  E, demais disto, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne.
13  De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem.
14  Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.

ECLESIASTES 11 Façamos o que é bom, no tempo oportuno

1  LANÇA o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás.
2  Reparte com sete, e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra.
3  Estando as nuvens cheias, derramam a chuva sobre a terra, e caindo a árvore para o sul, ou para o norte, no lugar em que a árvore cair ali ficará.
4  Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará.
5  Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas.
6  Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas serão igualmente boas.7  Certamente suave é a luz, e agradável é aos olhos ver o sol.
8  Porém, se o homem viver muitos anos, e em todos eles se alegrar, também se deve lembrar dos dias das trevas, porque hão de ser muitos. Tudo quanto sucede é vaidade.
9  Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo.
10  Afasta, pois, a ira do teu coração, e remove da tua carne o mal, porque a adolescência e a juventude são vaidade.

ECLESIASTES 3 Há para todas as coisas um tempo determinado por Deus

1  TUDO tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
2  Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
3  Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
4  Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
5  Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
6  Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;7  Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
8  Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
9  Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?
10  Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitar.
11  Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.
12  Já tenho entendido que não há coisa melhor para eles do que alegrar-se e fazer bem na sua vida;
13  E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus.
14  Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele.
15  O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou.
16  Vi mais debaixo do sol que no lugar do juízo havia impiedade, e no lugar da justiça havia iniqüidade.
17  Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra.18  Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais.
19  Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.
20  Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó.
21  Quem sabe que o fôlego do homem vai para cima, e que o fôlego dos animais vai para baixo da terra?
22  Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?

ECLESIASTES 1 A vaidade de todas as coisas terrestres

1  PALAVRAS do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.
2  Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.
3  Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
4  Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.
5  Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.
6  O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.7  Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.
8  Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.
9  O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
10  Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
11  Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois.
12  Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.
13  E apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar.
14  Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito.
15  Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular.
16  Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; e o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e o conhecimento.
17  E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito.18  Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.

PROVÉRBIOS 10 Provérbios acerca de vários assuntos

1  PROVÉRBIOS de Salomão: O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe.
2  Os tesouros da impiedade de nada aproveitam; mas a justiça livra da morte.
3  O SENHOR não deixa o justo passar fome, mas rechaça a aspiração dos perversos.
4  O que trabalha com mão displicente empobrece, mas a mão dos diligentes enriquece.
5  O que ajunta no verão é filho ajuizado, mas o que dorme na sega é filho que envergonha.6  Bênçãos há sobre a cabeça do justo, mas a violência cobre a boca dos perversos.
7  A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos apodrecerá.
8  O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios ficará transtornado.
9  Quem anda em sinceridade, anda seguro; mas o que perverte os seus caminhos ficará conhecido.
10  O que acena com os olhos causa dores, e o tolo de lábios ficará transtornado.
11  A boca do justo é fonte de vida, mas a violência cobre a boca dos perversos.
12  O ódio excita contendas, mas o amor cobre todos os pecados.
13  Nos lábios do entendido se acha a sabedoria, mas a vara é para as costas do falto de entendimento.
14  Os sábios entesouram a sabedoria; mas a boca do tolo o aproxima da ruína.
15  Os bens do rico são a sua cidade forte, a pobreza dos pobres a sua ruína.
16  A obra do justo conduz à vida, o fruto do perverso, ao pecado.17  O caminho para a vida é daquele que guarda a instrução, mas o que deixa a repreensão comete erro.
18  O que encobre o ódio tem lábios falsos, e o que divulga má fama é um insensato.
19  Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio.
20  Prata escolhida é a língua do justo; o coração dos perversos é de nenhum valor.
21  Os lábios do justo apascentam a muitos, mas os tolos morrem por falta de entendimento.
22  A bênção do SENHOR é que enriquece; e não traz consigo dores.
23  Para o tolo, o cometer desordem é divertimento; mas para o homem entendido é o ter sabedoria.
24  Aquilo que o perverso teme sobrevirá a ele, mas o desejo dos justos será concedido.
25  Como passa a tempestade, assim desaparece o perverso, mas o justo tem fundamento perpétuo.
26  Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam.
27  O temor do SENHOR aumenta os dias, mas os perversos terão os anos da vida abreviados.28  A esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos perversos perecerá.
29  O caminho do SENHOR é fortaleza para os retos, mas ruína para os que praticam a iniqüidade.
30  O justo nunca jamais será abalado, mas os perversos não habitarão a terra.
31  A boca do justo jorra sabedoria, mas a língua da perversidade será cortada.
32  Os lábios do justo sabem o que agrada, mas a boca dos perversos, só perversidades.

domingo, 15 de dezembro de 2013

SALMO 133 A excelência do amor fraternal

1  OH! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
2  É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
3  Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre.