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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

ECLESIASTES 3 Há para todas as coisas um tempo determinado por Deus

1  TUDO tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
2  Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
3  Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
4  Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
5  Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
6  Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;7  Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
8  Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
9  Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?
10  Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitar.
11  Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.
12  Já tenho entendido que não há coisa melhor para eles do que alegrar-se e fazer bem na sua vida;
13  E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus.
14  Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele.
15  O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou.
16  Vi mais debaixo do sol que no lugar do juízo havia impiedade, e no lugar da justiça havia iniqüidade.
17  Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra.18  Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais.
19  Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.
20  Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó.
21  Quem sabe que o fôlego do homem vai para cima, e que o fôlego dos animais vai para baixo da terra?
22  Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?

ECLESIASTES 1 A vaidade de todas as coisas terrestres

1  PALAVRAS do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.
2  Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.
3  Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
4  Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.
5  Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.
6  O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.7  Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.
8  Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.
9  O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
10  Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
11  Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois.
12  Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.
13  E apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar.
14  Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito.
15  Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular.
16  Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; e o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e o conhecimento.
17  E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito.18  Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.

PROVÉRBIOS 10 Provérbios acerca de vários assuntos

1  PROVÉRBIOS de Salomão: O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe.
2  Os tesouros da impiedade de nada aproveitam; mas a justiça livra da morte.
3  O SENHOR não deixa o justo passar fome, mas rechaça a aspiração dos perversos.
4  O que trabalha com mão displicente empobrece, mas a mão dos diligentes enriquece.
5  O que ajunta no verão é filho ajuizado, mas o que dorme na sega é filho que envergonha.6  Bênçãos há sobre a cabeça do justo, mas a violência cobre a boca dos perversos.
7  A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos apodrecerá.
8  O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios ficará transtornado.
9  Quem anda em sinceridade, anda seguro; mas o que perverte os seus caminhos ficará conhecido.
10  O que acena com os olhos causa dores, e o tolo de lábios ficará transtornado.
11  A boca do justo é fonte de vida, mas a violência cobre a boca dos perversos.
12  O ódio excita contendas, mas o amor cobre todos os pecados.
13  Nos lábios do entendido se acha a sabedoria, mas a vara é para as costas do falto de entendimento.
14  Os sábios entesouram a sabedoria; mas a boca do tolo o aproxima da ruína.
15  Os bens do rico são a sua cidade forte, a pobreza dos pobres a sua ruína.
16  A obra do justo conduz à vida, o fruto do perverso, ao pecado.17  O caminho para a vida é daquele que guarda a instrução, mas o que deixa a repreensão comete erro.
18  O que encobre o ódio tem lábios falsos, e o que divulga má fama é um insensato.
19  Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio.
20  Prata escolhida é a língua do justo; o coração dos perversos é de nenhum valor.
21  Os lábios do justo apascentam a muitos, mas os tolos morrem por falta de entendimento.
22  A bênção do SENHOR é que enriquece; e não traz consigo dores.
23  Para o tolo, o cometer desordem é divertimento; mas para o homem entendido é o ter sabedoria.
24  Aquilo que o perverso teme sobrevirá a ele, mas o desejo dos justos será concedido.
25  Como passa a tempestade, assim desaparece o perverso, mas o justo tem fundamento perpétuo.
26  Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam.
27  O temor do SENHOR aumenta os dias, mas os perversos terão os anos da vida abreviados.28  A esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos perversos perecerá.
29  O caminho do SENHOR é fortaleza para os retos, mas ruína para os que praticam a iniqüidade.
30  O justo nunca jamais será abalado, mas os perversos não habitarão a terra.
31  A boca do justo jorra sabedoria, mas a língua da perversidade será cortada.
32  Os lábios do justo sabem o que agrada, mas a boca dos perversos, só perversidades.

domingo, 15 de dezembro de 2013

SALMO 133 A excelência do amor fraternal

1  OH! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
2  É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
3  Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre.

PROVÉRBIOS 3 Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum dos seus caminhos.

1  FILHO meu, não te esqueças da minha lei, e o teu coração guarde os meus mandamentos.
2  Porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz.
3  Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração.
4  E acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e do homem.
5  Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
6  Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.
7  Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal.
8  Isto será saúde para o teu âmago, e medula para os teus ossos.9  Honra ao SENHOR com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos;
10  E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.
11  Filho meu, não rejeites a correção do SENHOR, nem te enojes da sua repreensão.
12  Porque o SENHOR repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.
13  Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento;
14  Porque é melhor a sua mercadoria do que artigos de prata, e maior o seu lucro que o ouro mais fino.
15  Mais preciosa é do que os rubis, e tudo o que mais possas desejar não se pode comparar a ela.
16  Vida longa de dias está na sua mão direita; e na esquerda, riquezas e honra.
17  Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas de paz.
18  É árvore de vida para os que dela tomam, e são bem-aventurados todos os que a retêm.
19  O SENHOR, com sabedoria fundou a terra; com entendimento preparou os céus.20  Pelo seu conhecimento se fenderam os abismos, e as nuvens destilam o orvalho.
21  Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos: guarda a verdadeira sabedoria e o bom siso;
22  Porque serão vida para a tua alma, e adorno ao teu pescoço.
23  Então andarás confiante pelo teu caminho, e o teu pé não tropeçará.
24  Quando te deitares, não temerás; ao contrário, o teu sono será suave ao te deitares.
25  Não temas o pavor repentino, nem a investida dos perversos quando vier.
26  Porque o SENHOR será a tua esperança; guardará os teus pés de serem capturados.
27  Não deixes de fazer bem a quem o merece, estando em tuas mãos a capacidade de fazê-lo.
28  Não digas ao teu próximo: Vai, e volta amanhã que to darei, se já o tens contigo.
29  Não maquines o mal contra o teu próximo, pois que habita contigo confiadamente.
30  Não contendas com alguém sem causa, se não te fez nenhum mal.31  Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum dos seus caminhos.
32  Porque o perverso é abominável ao SENHOR, mas com os sinceros ele tem intimidade.
33  A maldição do SENHOR habita na casa do ímpio, mas a habitação dos justos abençoará.
34  Certamente ele escarnecerá dos escarnecedores, mas dará graça aos mansos.
35  Os sábios herdarão honra, mas os loucos tomam sobre si vergonha.

PROVÉRBIOS 2 A excelência da Sabedoria

1  FILHO meu, se aceitares as minhas palavras, e esconderes contigo os meus mandamentos,
2  Para fazeres o teu ouvido atento à sabedoria; e inclinares o teu coração ao entendimento;
3  Se clamares por conhecimento, e por inteligência alçares a tua voz,
4  Se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares,
5  Então entenderás o temor do SENHOR, e acharás o conhecimento de Deus.
6  Porque o SENHOR dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento.
7  Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade,
8  Para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos.9  Então entenderás a justiça, o juízo, a eqüidade e todas as boas veredas.
10  Pois quando a sabedoria entrar no teu coração, e o conhecimento for agradável à tua alma,
11  O bom siso te guardará e a inteligência te conservará;
12  Para te afastar do mau caminho, e do homem que fala coisas perversas;
13  Dos que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos caminhos escusos;
14  Que se alegram de fazer mal, e folgam com as perversidades dos maus,
15  Cujas veredas são tortuosas e que se desviam nos seus caminhos;
16  Para te afastar da mulher estranha, sim da estranha que lisonjeia com suas palavras;
17  Que deixa o guia da sua mocidade e se esquece da aliança do seu Deus;
18  Porque a sua casa se inclina para a morte, e as suas veredas para os mortos.
19  Todos os que se dirigem a ela não voltarão e não atinarão com as veredas da vida.20  Para andares pelos caminhos dos bons, e te conservares nas veredas dos justos.
21  Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela.
22  Mas os ímpios serão arrancados da terra, e os aleivosos serão dela exterminados.

sábado, 14 de dezembro de 2013

SALMO 9 Ação de graças por um grande livramento

1  EU te louvarei, SENHOR, com todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.
2  Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.
3  Porquanto os meus inimigos retornaram, caíram e pereceram diante da tua face.
4  Pois tu tens sustentado o meu direito e a minha causa; tu te assentaste no tribunal, julgando justamente;
5  Repreendeste as nações, destruíste os ímpios; apagaste o seu nome para sempre e eternamente.
6  Oh! inimigo! acabaram-se para sempre as assolações; e tu arrasaste as cidades, e a sua memória pereceu com elas.
7  Mas o SENHOR está assentado perpetuamente; já preparou o seu tribunal para julgar.
8  Ele mesmo julgará o mundo com justiça; exercerá juízo sobre povos com retidão.
9  O SENHOR será também um alto refúgio para o oprimido; um alto refúgio em tempos de angústia.
10  Em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, SENHOR, nunca desamparaste os que te buscam.
11  Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião; anunciai entre os povos os seus feitos.12  Pois quando inquire do derramamento de sangue, lembra-se deles: não se esquece do clamor dos aflitos.
13  Tem misericórdia de mim, SENHOR, olha para a minha aflição, causada por aqueles que me odeiam; tu que me levantas das portas da morte;
14  Para que eu conte todos os teus louvores nas portas da filha de Sião, e me alegre na tua salvação.
15  Os gentios enterraram-se na cova que fizeram; na rede que ocultaram ficou preso o seu pé.
16  O SENHOR é conhecido pelo juízo que fez; enlaçado foi o ímpio nas obras de suas mãos. (Higaiom; Selá.)
17  Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.
18  Porque o necessitado não será esquecido para sempre, nem a expectação dos pobres perecerá perpetuamente.
19  Levanta-te, SENHOR; não prevaleça o homem; sejam julgados os gentios diante da tua face.
20  Põe-os em medo, SENHOR, para que saibam as nações que são formadas por meros homens. (Selá.)

JÓ 38 Deus responde a Jó e mostra-lhe sua grandeza e sabedoria

1  DEPOIS disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:
2  Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?
3  Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.
4  Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.
5  Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
6  Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,
7  Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?
8  Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre;9  Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa?
10  Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos,
11  E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas?
12  Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar;
13  Para que pegasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela;
14  E se transformasse como o barro sob o selo, e se pusessem como vestidos;
15  E dos ímpios se desvie a sua luz, e o braço altivo se quebrante;
16  Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo?
17  Ou descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte?
18  Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da terra? Faze-mo saber, se sabes tudo isto.
19  Onde está o caminho onde mora a luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar;20  Para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa?
21  De certo tu o sabes, porque já então eras nascido, e por ser grande o número dos teus dias!
22  Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva,
23  Que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra?
24  Onde está o caminho em que se reparte a luz, e se espalha o vento oriental sobre a terra?
25  Quem abriu para a inundação um leito, e um caminho para os relâmpagos dos trovões,
26  Para chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no deserto, em que não há homem;
27  Para fartar a terra deserta e assolada, e para fazer crescer os renovos da erva?
28  A chuva porventura tem pai? Ou quem gerou as gotas do orvalho?
29  De que ventre procedeu o gelo? E quem gerou a geada do céu?
30  Como debaixo de pedra as águas se endurecem, e a superfície do abismo se congela.31  Ou poderás tu ajuntar as delícias do Sete-estrelo ou soltar os cordéis do Órion?
32  Ou produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos?
33  Sabes tu as ordenanças dos céus, ou podes estabelecer o domínio deles sobre a terra?
34  Ou podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra?
35  Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui?
36  Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem deu à mente o entendimento?
37  Quem numerará as nuvens com sabedoria? Ou os odres dos céus, quem os esvaziará,
38  Quando se funde o pó numa massa, e se apegam os torrões uns aos outros?
39  Porventura caçarás tu presa para a leoa, ou saciarás a fome dos filhos dos leões,
40  Quando se agacham nos covis, e estão à espreita nas covas?
41  Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus filhotes gritam a Deus e andam vagueando, por não terem o que comer?

JÓ 28 O homem tem ciência das coisas da terra, mas a sabedoria é dom de Deus

1  NA verdade, há veios de onde se extrai a prata, e lugar onde se refina o ouro.
2  O ferro tira-se da terra, e da pedra se funde o cobre.
3  Ele põe fim às trevas, e toda a extremidade ele esquadrinha, a pedra da escuridão e a da sombra da morte.
4  Abre um poço de mina longe dos homens, em lugares esquecidos do pé; ficando pendentes longe dos homens, oscilam de um lado para outro.
5  Da terra procede o pão, mas por baixo é revolvida como por fogo.
6  As suas pedras são o lugar da safira, e tem pó de ouro.
7  Essa vereda a ave de rapina a ignora, e não a viram os olhos da gralha.
8  Nunca a pisaram filhos de animais altivos, nem o feroz leão passou por ela.
9  Ele estende a sua mão contra o rochedo, e revolve os montes desde as suas raízes.
10  Dos rochedos faz sair rios, e o seu olho vê tudo o que há de precioso.
11  Os rios tapa, e nem uma gota sai deles, e tira à luz o que estava escondido.12  Porém onde se achará a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência?
13  O homem não conhece o seu valor, e nem ela se acha na terra dos viventes.
14  O abismo diz: Não está em mim; e o mar diz: Ela não está comigo.
15  Não se dará por ela ouro fino, nem se pesará prata em troca dela.
16  Nem se pode comprar por ouro fino de Ofir, nem pelo precioso ônix, nem pela safira.
17  Com ela não se pode comparar o ouro nem o cristal; nem se trocará por jóia de ouro fino.
18  Não se fará menção de coral nem de pérolas; porque o valor da sabedoria é melhor que o dos rubis.
19  Não se lhe igualará o topázio da Etiópia, nem se pode avaliar por ouro puro.
20  Donde, pois, vem a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência?
21  Pois está encoberta aos olhos de todo o vivente, e oculta às aves do céu.
22  A perdição e a morte dizem: Ouvimos com os nossos ouvidos a sua fama.23  Deus entende o seu caminho, e ele sabe o seu lugar.
24  Porque ele vê as extremidades da terra; e vê tudo o que há debaixo dos céus.
25  Quando deu peso ao vento, e tomou a medida das águas;
26  Quando prescreveu leis para a chuva e caminho para o relâmpago dos trovões;
27  Então a viu e relatou; estabeleceu-a, e também a esquadrinhou.
28  E disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência.

JÓ 13 Jó confia em Deus e deseja conhecer os seus pecados

14  Por que razão tomarei eu a minha carne com os meus dentes, e porei a minha vida na minha mão?
15  Ainda que ele me mate, nele esperarei; contudo os meus caminhos defenderei diante dele.
16  Também ele será a minha salvação; porém o hipócrita não virá perante ele.
17  Ouvi com atenção as minhas palavras, e com os vossos ouvidos a minha declaração.
18  Eis que já tenho ordenado a minha causa, e sei que serei achado justo.
19  Quem é o que contenderá comigo? Se eu agora me calasse, renderia o espírito.
20  Duas coisas somente não faças para comigo; então não me esconderei do teu rosto:
21  Desvia a tua mão para longe, de mim, e não me espante o teu terror.22  Chama, pois, e eu responderei; ou eu falarei, e tu me responderás.
23  Quantas culpas e pecados tenho eu? Notifica-me a minha transgressão e o meu pecado.
24  Por que escondes o teu rosto, e me tens por teu inimigo?
25  Porventura acossarás uma folha arrebatada pelo vento? E perseguirás o restolho seco?
26  Por que escreves contra mim coisas amargas e me fazes herdar as culpas da minha mocidade?
27  Também pões os meus pés no tronco, e observas todos os meus caminhos, e marcas os sinais dos meus pés.
28  E ele me consome como a podridão, e como a roupa, à qual rói a traça.

JÓ 9 Jó confessa a justiça de Deus e pede alívio para a sua miséria

1  ENTÃO Jó respondeu, dizendo:
2  Na verdade sei que assim é; porque, como se justificaria o homem para com Deus?3  Se quiser contender com ele, nem a uma de mil coisas lhe poderá responder.
4  Ele é sábio de coração, e forte em poder; quem se endureceu contra ele, e teve paz?
5  Ele é o que remove os montes, sem que o saibam, e o que os transtorna no seu furor.
6  O que sacode a terra do seu lugar, e as suas colunas estremecem.
7  O que fala ao sol, e ele não nasce, e sela as estrelas.
8  O que sozinho estende os céus, e anda sobre os altos do mar.
9  O que fez a Ursa, o Órion, e o Sete-estrelo, e as recâmaras do sul.
10  O que faz coisas grandes e inescrutáveis; e maravilhas sem número.
11  Eis que ele passa por diante de mim, e não o vejo; e torna a passar perante mim, e não o sinto.
12  Eis que arrebata a presa; quem lha fará restituir? Quem lhe dirá: Que é o que fazes?
13  Deus não revogará a sua ira; debaixo dele se encurvam os auxiliadores soberbos.14  Quanto menos lhe responderia eu, ou escolheria diante dele as minhas palavras!
15  Porque, ainda que eu fosse justo, não lhe responderia; antes ao meu Juiz pediria misericórdia.
16  Ainda que chamasse, e ele me respondesse, nem por isso creria que desse ouvidos à minha voz.
17  Porque me quebranta com uma tempestade, e multiplica as minhas chagas sem causa.
18  Não me permite respirar, antes me farta de amarguras.
19  Quanto às forças, eis que ele é o forte; e, quanto ao juízo, quem me citará com ele?
20  Se eu me justificar, a minha boca me condenará; se for perfeito, então ela me declarará perverso.
21  Se for perfeito, não estimo a minha alma; desprezo a minha vida.
22  A coisa é esta; por isso eu digo que ele consome ao perfeito e ao ímpio.
23  Quando o açoite mata de repente, então ele zomba da prova dos inocentes.
24  A terra é entregue nas mãos do ímpio; ele cobre o rosto dos juízes; se não é ele, quem é, logo?25  E os meus dias são mais velozes do que um correio; fugiram, e não viram o bem.
26  Passam como navios veleiros; como águia que se lança à comida.
27  Se eu disser: Eu me esquecerei da minha queixa, e mudarei o meu aspecto e tomarei alento,
28  Receio todas as minhas dores, porque bem sei que não me terás por inocente.
29  E, sendo eu ímpio, por que trabalharei em vão?
30  Ainda que me lave com água de neve, e purifique as minhas mãos com sabão,
31  Ainda me submergirás no fosso, e as minhas próprias vestes me abominarão.
32  Porque ele não é homem, como eu, a quem eu responda, vindo juntamente a juízo.
33  Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos.
34  Tire ele a sua vara de cima de mim, e não me amedronte o seu terror.
35  Então falarei, e não o temerei; porque não sou assim em mim mesmo.

JÓ 2 A adversidade e cruel aflição de Jó

1  E, VINDO outro dia, em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles, apresentar-se perante o SENHOR.
2  Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela.
3  E disse o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa.
4  Então Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.
5  Porém estende a tua mão, e toca-lhe nos ossos, e na carne, e verás se não blasfema contra ti na tua face!
6  E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; porém guarda a sua vida.
7  Então saiu Satanás da presença do SENHOR, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça.
8  E Jó tomou um caco para se raspar com ele; e estava assentado no meio da cinza.9  Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre.
10  Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.
11  Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que tinha vindo sobre ele, vieram cada um do seu lugar: Elifaz o temanita, e Bildade o suíta, e Zofar o naamatita; e combinaram condoer-se dele, para o consolarem.
12  E, levantando de longe os seus olhos, não o conheceram; e levantaram a sua voz e choraram, e rasgaram cada um o seu manto, e sobre as suas cabeças lançaram pó ao ar.
13  E assentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, porque viam que a dor era muito grande.